Momentos-chave na história do design floral


Momentos-chave na história do design floral

Os aspectos nos quais a atual técnica de design floral está baseada são fruto de um processo histórico milenar que carregou as flores de significados sociais, espirituais e estéticos até se tornarem o que hoje representam para nós. Estes são os momentos de maior destaque na história do design floral:

Antigo Egito

Há registros de arranjos florais no Antigo Egito, cerca de 2.800 a. C. Naquela época, o uso era muito diferente do atual. Os primeiros designs eram luxuosos e costumavam ser reservados aos membros da alta sociedade.

As flores usadas na confecção de coroas e guirlandas cerimoniais eram escolhidas por seu significado e propósito específico, não por sua beleza. Uma delas, a flor de lótus, era considerada especialmente sagrada.

Ikebana

Ikebana, também conhecida como Kado, é uma arte de composição floral japonesa também milenar. Segue regras e simbolismos preestabelecidos que a conectam o sagrado. Trata-se de uma prática interessante que parte da crença de que o mundo está repleto de divindades habitando elementos naturais como plantas e pedras.

Para criar peças de Ikebana, os sacerdotes iam a lugares sagrados e selecionavam as árvores que julgassem adequadas para atuar como uma espécie de antena espiritual (yorishiro) para as coisas boas do universo.

À medida que a influência oriental se tornou mais proeminente, muitos designs de flores antigos começaram a experimentar arranjos mais simples, que consistiam em menos flores e linhas cuidadosamente dispostas.

Grécia e Roma

A implementação de arranjos de flores gregos e romanos por meio de grinaldas e guirlandas de flores e ervas aromáticas é bem conhecida. Eram usada principalmente nas festas, nas quais todos eram convidados a usar coroas florais decorativas.

Ao criar os arranjos, os designers florais da época prestavam muita atenção ao simbolismo das plantas. Foram eles que introduziram alguns dos elementos que hoje são a base de nossas criações, como o uso de frutas, em especial as uvas.

Renascimento

Durante o Renascimento, a história dos arranjos florais seguiu evoluindo. Conforme os pintores se aventuravam neste universo, os designs florais se tornaram mais ousados, ou seja, mais curvos e assimétricos.

Era vitoriana

À medida que a era vitoriana se aproximava, os arranjos florais voltavam a ser, principalmente, um meio de exibir riqueza e status. Era comum colher e arranjar as flores do próprio jardim para exibi-las e presentear amigos e conhecidos.

Embora existissem arranjos mistos, os ramos de uma única espécie de flor também era bastante comum.

Século XXI

Hoje, a maneira como convivemos com as flores reflete, especialmente, as influências ocidentais. Nossa experiência é geralmente mais estética e de status, mas continuamos a dar a elas um significado espiritual. Por isso o uso em casamentos e rituais fúnebres.

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